Última Atualização janeiro 7th, 2025 6:21 AM
jan 25, 2017 editorial Opinião 1
Antônio Ribeiro *
Formas alternativas de turismo ganham cada vez mais força no mercado brasileiro. Uma das mais importantes é o turismo de eventos, com congressos e feiras em todos os polos; outra é o turismo religioso, levando peregrinos para vários recantos do país, afora o turismo de negócios e o de compras que movimentam milhares. Outra modalidade que teve força no passado é o turismo de saúde. Lembro de meu avô saindo de Porto Alegre para ir a Caldas da Imperatriz, Caxambu e Poços de Caldas em busca de cura para sua doença. Sei também que muitos buscam Araxá e Caldas Novas, sendo esta hoje a Meca das águas quentes, que antes eram termais.
Como hipertenso severo nos últimos 20 anos, com picos de 18 x 10 há dois anos, que me fez vender a empresa para mudar de vida, e 21.5 x 11 em dezembro passado, de novo na UTI, decidi que o frio de Curitiba, onde vivi os últimos 30 anos, estava me prejudicando por ser um vaso constritor e elevador da pressão sanguínea. Saí em busca de um lugar mais quente para passar os invernos, pensando no Nordeste como destino. Para tanto planejei uma viagem ao sul da Bahia, do qual me falavam maravilhas em termos de temperatura e praias. Porto Seguro era o destino e fiquei impressionado com a quantidade de voos, hotéis, pousadas e turistas.
Indo por via rodoviária, num motor home pequeno, em Volta Redonda saí da Via Dutra e tomei a Rio–Bahia, para fugir do Rio de Janeiro, que sediava os Jogos Olímpicos. Chegando em Minas Gerais, dei-me conta que se pegasse a BR 101 estaria mais perto do litoral e poderia conhecer as praias do Espírito Santo. Encantei-me por elas. Como ex-aluno de colégio jesuíta, gostei de Anchieta, onde o novo santo faleceu, de Marataízes, Piúma, Meaípe e decidi dormir em Guarapari, para no outro dia conhecê-la melhor. Já à noite, caminhando pelo calçadão, levei um susto: minha pressão de 15 x 9 desceu para 13 x 8 e, no dia seguinte, 12 x 8. Algo inédito para mim.
Voltei mais três vezes a Guarapari ainda em 2016, impressionado com os resultados de baixa na minha pressão, tanto que na quarta vez, já fui decidido a comprar um terreno e mudar para lá, em busca da cura para o meu calvário de mais de duas décadas. Em duas semanas minha pressão baixou para 11 x 7 e inacreditáveis 10 x 6. Na opinião do meu cardiologista, Dr. Stefan Costa Silveira, a mudança no modo de vida de um hipertenso é parte de seu tratamento e viver ao nível do mar, ajuda a diminuir a pressão. Mudar a alimentação, caminhar e outras atividades físicas, são boas indicações para o coração. Tudo isso ajudou na mudança do patamar pressórico.
O Dr. Silva Mello, médico que morou nos EUA e na Europa, onde fez doutorado em radioterapia, ficou impressionado com as curas constatadas, tendo descrito uma série delas em seus artigos e num livro definitivo: “Guarapari, maravilha da natureza”, onde afirma que ela é a cidade mais radioativa do mundo. No interessante livro “Guarapari, muito mais que um sonho lindo”, a autora Beatriz Bueno comenta que, no Japão, uma corrente defende que a radioatividade é benéfica quando existente na natureza, afirmando o professor Moroshima que seus benefícios medicinais em alguns tratamentos são notórios.
Sinto como ponto forte a brisa do mar, que em Guarapari é diferente das mais de cem praias que conheci, estimulando a longas caminhadas como fazia José de Anchieta, que veio para o Brasil doente e por aqui muito andou até se curar e virar santo, além do jeito tranqüilo da cidade nos meses de março a dezembro, melhor época para desfrutá-la. Outro possível fator para a melhora na pressão e outros problemas ligados ao sangue, pode ser a alimentação rica em frutas e legumes, que por serem da região, podem ter algo de radioatividade e assim colaborar para a súbita melhora dos que passam uma temporada na cidade.
Sempre me considerei um cético em relação a estas curas sem explicação científica, mas os benefícios foram tantos e o tempo tão rápido, que mudei de ideia neste particular. Tudo isso sem falar do valor terapêutico das areias monazíticas, as famosas areias pretas do Espírito Santo, comprovadamente benéficas a quem tem problemas de articulações. Se não acredita, faça como São Tomé: vá ver para crer e aproveite que as praias capixabas são lindas e os preços convidativos, principalmente se comparados com os da Bahia.
*Antonio Ribeiro é administrador de empresas, viveu em São Paulo e Curitiba, esteve em todos os estados brasileiros, a exceção de Acre, Roraima e Amapá, ministrou cursos em todos os países da América Latina e escreveu o Guia de Férias, Feriados e Feriadões. E-mail para contatos: air@antonioribeiro.com.br
dez 28, 2021 0
nov 23, 2021 0
ago 26, 2020 1
fev 13, 2020 0
nov 08, 2024 0
set 06, 2024 0
nov 24, 2022 0
nov 17, 2022 0
nov 08, 2024 0
Manoel Cardoso Linhares* Em 9 de novembro, comemoramos o...
Boa noite, Amigos
Estou passando uma informação interessante, pois as areias monazíticas de Guarapari não é a areia preta e sim a amarela.
Falo isto porque já passei por esta duvida quando me cobria de areia preta e uma senhora ali estava me falou que eu tinha que me cobrir com a amarela pois a preta é simplesmente ferro.