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nov 24, 2016 editorial Destinos 0
A Usina de Itaipu se mantém como a maior geradora de eletricidade do planeta. É vital para a economia do Paraguai e extremamente importante para o Brasil, mesmo com o crescimento do parque energético brasileiro. Basta comparar esses números: em 1984, quando Itaipu começou a operar, o país consumia 157 milhões de megawatts-hora (MWh) de energia, volume três vezes inferior a 2014 – 473,4 milhões de MWh.
Mas, além de sua importância no atendimento aos consumidores de energia elétrica do Brasil e do Paraguai, a usina também constitui um atrativo turístico sem igual. Em Foz do Iguaçu, cidade paranaense onde está localizada, só perde em visitação para as Cataratas do Iguaçu. E é ainda mais importante porque a política da Itaipu Binacional não é apenas fazer dela uma atração, mas participar e contribuir para o crescimento do turismo no Destino Iguaçu.
Pela sua grandiosidade, pela sua produção, pela sua história e por todos os superlativos que acumula, Itaipu é, merecidamente, um orgulho para brasileiros e paraguaios.
Primeiro, é preciso falar um pouco sobre o que Itaipu representa para o Brasil e o Paraguai. A produção da usina, de 87, 6 milhões de megawatts-hora, em 2014, atendeu a 79% da demanda do Paraguai; no Brasil, mesmo com o crescimento do parque energético, a energia produzida por Itaipu ainda correspondeu a 16,3% de todo o consumo de eletricidade (473,4 milhões de MWh).
O volume de energia de Itaipu distribuído no Brasil, no ano passado, poderia suprir 43% de todo o consumo de eletricidade da indústria nacional. Se for incluída também a parcela distribuída no Paraguai, o montante gerado seria suficiente para abastecer metade do consumo industrial de todo o país.
Só esses dados já mostram a importância estratégica da usina binacional para a infraestrutura energética, desenvolvimento e integração do Brasil e Paraguai. Mas, no último verão, quando o Brasil enfrentou uma das maiores crises hídricas da sua história, sem Itaipu seria impossível atender à demanda. A usina chegou a bater recordes de geração horária no início do mês de março deste ano, quando o Brasil mais precisava.
Embora a usina de Três Gargantas, na China, tenha produzido, no ano passado, 0,2% a mais do que Itaipu, ela dificilmente ultrapassará a binacional brasileiro-paraguaia em volume de geração acumulada. Itaipu já produziu 2,2 bilhões de MWh, enquanto a hidrelétrica chinesa tem apenas 0,8 bilhão de MWh.
Outras usinas do planeta também estão longe da marca de Itaipu. A de Guri, na Venezuela, acumula 1,3 bilhão de MWh e a de Grand Coulee, nos Estados Unidos, tem 1,2 bilhão de MWh.
Desde sua abertura à visitação pública, em 1977, ainda no início das obras, a Usina de Itaipu se mantém como o segundo maior atrativo turístico de Foz do Iguaçu, atrás apenas das Cataratas. Nesses 38 anos, vindas de praticamente todos os países e territórios, mais de 19 milhões de pessoas visitaram Itaipu, entrando pelo Brasil ou pelo Paraguai. Só em 2014, ela recebeu mais de 850.000 visitantes, mais da metade dos turistas que foram conhecer as Cataratas do Iguaçu.
Esta relação com o turismo de Foz do Iguaçu ganhou uma nova dimensão a partir de 2007, com a criação do Complexo Turístico Itaipu, na margem brasileira da usina. Naquele mesmo ano, com a formação da Gestão Integrada do Turismo, Itaipu passou a atuar mais fortemente nas ações de divulgação, promoção e marketing para o desenvolvimento turístico, em parceria com as entidades públicas e privadas da região.
O resultado apareceu quase que de imediato. O número de visitantes no Parque Nacional do Iguaçu, por exemplo, saltou de 1.070.072, em 2007, para 1,16 milhão, no ano seguinte. E foi aumentando progressivamente (exceto em 2009, ano em que a gripe aviária prejudicou o turismo em todo o planeta), até chegar ao recorde histórico de 2014, quando 1.550.607 turistas conheceram as Cataratas.
O Aeroporto Internacional Cataratas também se beneficiou diretamente. Depois de recordes sucessivos, atingiu no ano passado a marca histórica de 1.880.620 passageiros. Consolidou-se como o 19º terminal aéreo mais movimentado do país e o segundo do Paraná. É, também, o segundo com a maior movimentação do interior do Brasil, perdendo apenas para Campinas (SP).
Na margem brasileira da usina, o Complexo Turístico Itaipu foi reconhecido como “atrativo turístico de excelência na América do Sul” pelo portal de viagens Trip Advisor. Um dos atrativos da usina, o Circuito Turístico Especial, foi também apontado pelo Ministério do Turismo como “uma das melhores práticas” do Brasil. Mas o reconhecimento maior é do público: o atendimento rendeu dos visitantes o índice de 94% de satisfação, tornando-se referência em qualidade.
O turista que entra em Itaipu pela margem brasileira tem oito opções de passeios: Visita Panorâmica, Circuito Turístico Especial, Test-Drive Veículo Elétrico, Refúgio Biológico Bela Vista, Ecomuseu, Porto Kattamaram (que oferece passeios pelo reservatório em um barco de luxo), Iluminação da Barragem e Polo Astronômico.
Administrado pela Fundação Parque Tecnológico Itaipu (FPTI), o Complexo Turístico foi criado com a intenção de tornar a visitação na usina autossustentável, isto é, que a cobrança dos ingressos passasse a cobrir os custos. Isso inclui o pessoal que trabalha no atendimento aos visitantes. No total, o Complexo Turístico Itaipu gera 213 empregos diretos e indiretos. Os 120 empregados da FPTI que atuam no setor têm remuneração acima da média do mercado.
Desde 2007, quando teve início o novo modelo, o faturamento bruto da FPTI com o complexo chega a R$ 51 milhões. Desse total, R$ 14,2 milhões foram revertidos para o Fundo Tecnológico da FPTI, para utilização em melhorias nos serviços e também em projetos que contribuem para o desenvolvimento do turismo regional.
Panorama do Turismo
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