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out 15, 2019 editorial Destaques, Opinião 0
*Nelson Colás
A Federação de Amigos de Museus do Brasil-Feambra comemora 30 anos de existência agora em outubro. Se os aniversários servem a reflexões, pode-se dizer, com certeza, que a entidade se consolidou nestas três décadas, no papel de importante apoiadora nas ações de preservação da cultura e história nacionais por meio do auxílio aos museus brasileiros.
Foram dezenas de trabalhos voluntários em gestão, ações de educação e promoções de eventos. A Feambra também apoiou, com seus associados, a criação de museus por acreditar que o fortalecimento do patrimônio cultural brasileiro é fundamental para a identidade do país.
A origem da Feambra foi inspirada na World Federation of Museums (Federação Mundial de Museus), de 1975, na Bélgica. Trata-se de uma organização internacional não-governamental criada para reunir todos os “amigos” de museus — pessoas físicas que contribuem, com doações ou trabalhos voluntários, para o incremento da atividade museológica. Hoje, a WFFM possui 17 membros ativos e 28 membros associados, com aproximadamente dois milhões de pessoas, distribuídas em 34 países diferentes.
Desde 1989, a Feambra tem desenvolvido projetos que buscam ampliar o interesse tanto de jovens quanto de adultos pela cultura e herança histórica nacional. São programas, debates e materiais essenciais para o incentivo à visitação e procura por nossos museus.
Para ficar num exemplo, lembremos do Circuito dos Museus, que em 2009 levou milhares de estudantes a visitações em todo o Brasil.
O aumento das visitações é um dos principais objetivos, levando-se em conta que os brasileiros ainda não conhecem muito a riqueza cultural do País. No entanto, não é o único norte. Foi por isso que a Feambra colaborou, no período, em trabalhos que permitiram a abertura de espaços culturais em pequenos municípios no território brasileiro. Todos com o objetivo de fortalecer a memória e a identidade destas localidades.
Os projetos desenvolvidos pela Feambra ocorrem com o apoio de cada cidadão que acredita na preservação da cultura brasileira. Gosto de dizer que cada história exposta nos museus só existe pelo esforço dos “amigos dos museus”. Essa iniciativa é um papel arterial no enriquecimento cultural da sociedade brasileira.
O aumento anual de associados à Feambra mostra o reconhecimento dos trabalhos realizados. São 155 entidades membros ativos neste trigésimo aniversário, contra 38 em 2013. O salto de mais de 300% não é meramente qualitativo. Houve um incremento inegável de qualidade, principalmente por conta dos pilares que fazem parte do DNA da Feambra: comprometimento, respeito e ética.
Em momentos de atenção a alguns descasos da gestão pública com a nossa história, haja vista o traumático exemplo do Museu Nacional, sei que a Feambra ainda tem muito a realizar. Seja em processos materiais de construção ou nos serviços de conscientização sobre à preservação, é preciso manter o engajamento e acreditar na cultura como ferramenta de desenvolvimento social.
Inspirada na corrente vanguardista europeia, nossa missão continuará no auxílio ao desenvolvimento de associações que possuam como objetivo o mesmo ideal, que é o fortalecimento do Patrimônio Cultural Brasileiro.
Chegar aos trinta anos com a sensação de que ainda podemos fazer a diferença é muito gratificante. Por isso, queremos ampliar o número de “amigos dos museus”. A Feambra precisa crescer ainda mais porque o desafio que enfrentamos é grande. Se o jubileu se presta à reflexão, a principal delas é que não é tempo de se acomodar. Que os próximos anos, portanto, sejam de intenso trabalho e mais cultura para a nossa nação.
Nelson Colás, diretor de Relações Institucionais da Federação de Amigos de Museus do Brasil- Feambra
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