Rodovia se tornará caminho turístico

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ago 28, 2018 editorial Destaques, Destinos 1

A estrada e, à esquerda, a Venda 200 (Foto Divulgação | MRC&VB)

Por várias décadas, principal ligação entre as cidades paranaenses de Maringá e Astorga – e ainda podendo levar ao sul do estado e a São Paulo – e, então, conhecida com Estrada Venda 200, esse trecho da rodovia PR-454 será transformado em caminho turístico.

Em graus diferentes de comprometimento, essa iniciativa envolve o Governo do Estado do Paraná (através da Paraná Projetos e do Departamento de Estradas de Rodagem), o Centro Universitário de Maringá-Unicesumar, a Prefeitura de Maringá, o Maringá e Região Convention & Visitors Bureau, a Emater, a Rede de Turismo Regional e proprietários de terras às margens da estrada.

O projeto conceitual de transformação da rodovia em caminho turístico prevê valorização de áreas de mata, recanto de pássaros, pontos de venda de produtos da agroindústria regional, áreas de convivência, pista de caminhada, ciclovia, instituições religiosas e até um castelo em estilo medieval, já em construção.

De acordo com o superintendente da Paraná Projetos, Cylleneo Pessoa Pereira Junior, a criação desse roteiro turístico, a ser denominado de Estrada Vale do Pirapó, se deve ao empenho do reitor do Unicesumar, Wilson Matos, “grande responsável pela sensibilização do Governo do Estado e pelo convencimento dos proprietários de sítios e fazendas às margens da rodovia para liberaram a faixa de domínio”.

A estrada velha para Astorga já foi um dos mais importantes acessos de Maringá. Por ela chegaram muitas das famílias participantes da construção da cidade e de outras localidades da região. Uma delas foi a família Poletto, proprietária da histórica Venda 200, aberta em 1951. “Aqui já foi uma comunidade forte, com centenas de famílias, na época da cafeicultura, mas ultimamente poucos vivem às margens da rodovia. Com esse projeto a vida voltará a essa estrada, muita gente vai trabalhar e ganhar o dinheiro”, diz, otimista, Carolina Poletto.

Por outro lado, o reitor Wilson Matos enfatiza: “Temos uma estrada em uma região bonita, cheia de histórias e próxima da área urbana. É só aproveitá-la”. E arremata: “A indústria do turismo é uma indústria invisível, mas traz dinheiro para a cidade, com a vantagem de não provocar nenhum tipo de prejuízo ao meio ambiente”.