Negócios do turismo têm incremento na internet

ago 10, 2021 editorial Destaques, Notícias 0

O Sebrae-PR lançou o Fature +, programa para ajudar na digitalização dos negócios do turismo (Reprodução)

“Com perdas progressivas diante da redução de circulação de turistas no país, nosso setor precisou inovar”, comenta Alexandre Sampaio, presidente da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação-FBHA, sobre a digitalização dos negócios da cadeia produtiva do turismo com o intuito de minimizar prejuízos e incrementar o faturamento.

De acordo com a pesquisa O impacto da pandemia do coronavírus nos pequenos negócios, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getúlio Vargas, 85% das empresas turísticas brasileiras se digitalizaram no último ano. Nesse processo, o WhatsApp, o Instagram e o Facebook foram as plataformas mais procuradas.

O estudo ainda aponta o turismo com uma média geral superior aos demais segmentos avaliados, colocando-o na liderança dos setores com operações mais digitalizadas para atravessar a crise.

Uma das mudanças mais perceptíveis diz respeito aos bares e restaurantes. Muitos estabelecimentos, vendo a queda do faturamento, buscaram novas maneiras de alcançar o público. O delivery surgiu, portanto, como uma ferramenta para ser aprimorada e melhor explorada.

Segundo a pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas-CNDL e do Serviço de Proteção ao Crédito-SPC Brasil, as comidas por entregas, assim como as compras de supermercado, tiveram um incremento nas vendas via internet. O levantamento indicou as duas categorias com maior crescimento no número de consumidores no comércio eletrônico.

Para o presidente da FBHA, o investimento digital se tornou obrigatório em muitas regiões para manter a renda dos estabelecimentos. Entretanto, muitas empresas tiveram prejuízos com as operações.

“Não tivemos saída: o mundo virtual auxiliou para não permitir o fechamento de milhões de negócios. Buscamos plataformas e estratégias para manter a renda, mas não podemos negar a redução significativa no faturamento. Com isso, apesar de novas ferramentas, ainda estamos sofrendo com os efeitos da pandemia”, complementa Sampaio.