Hotelaria nacional clama por medidas de socorro

fev 12, 2021 editorial Destaques, Hotelaria 0

Destinos tradicionais de Carnaval, com baixa ocupação nos hotéis (Fotos Panorama do Turismo)

Amargando índices de ocupação os mais baixos de todos os tempos, conforme aponta recente levantamento abrangente, a hotelaria nacional necessita de iniciativas governamentais urgentes para sobreviver. Segundo presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis-ABIH, Manoel Linhares, “precisamos de medidas assertivas como a suspensão da cobrança das parcelas dos fundos de financiamentos também em 2021, como ocorreu ano passado, e a reprogramação dos pagamentos a partir de 2022″.

“A hotelaria nacional, principalmente nos destinos corporativos, ainda não conseguiu chegar nem perto de 20% dos números alcançados em 2019. E a atual taxa de ocupação, na maioria absoluta dos hotéis, não cobre sequer os custos operacionais”, complementa o respeitado dirigente da entidade.

“Ainda esperamos para 2021 uma retomada, mas para as empresas continuarem suas atividades, demandamos o apoio em todos os níveis e a cooperação dos governos municipais e estaduais com medidas de redução de impostos, como o IPTU, despesa com forte impacto nos custos dos hotéis, e de tarifas, como a de água e energia. Esses procedimentos amenizariam os efeitos econômicos do momento e também ajudariam a preservar empregos e renda”, pondera Manoel Linhares.

Esses apelos encontram mais justificativa amparados em estudo realizado pela ABIH e suas secionais nos estados, o qual revela baixíssimas taxas de ocupação nesse Carnaval. Na cidade do Rio de Janeiro, a hotelaria não deverá ultrapassar 50% a confirmação de reservas para o período. Em São Paulo, o cancelamento dos eventos festivos igualmente se traduz desanimador para os empresários do setor. Nas demais capitais e localidades turísticas de todas as regiões o cenário não é muito diferente.

Para reverter esse triste quadro e buscar índices de ocupação pré-pandemia, será necessário dar continuidade às medidas governamentais. “Por isso, clamamos pela conscientização dos governos municipais, estaduais e federal para unirem-se ao setor, de modo a se conseguir a tão sonhada retomada e, consequentemente, a salvação de milhares de empresas e empregos em todo o país”, finaliza o presidente da ABIH.