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jul 13, 2017 editorial Destaques, Destinos 0
A capital do Paraná, já faz tempo, é referência na área de transporte público. A eficiência do serviço de ônibus, inclusive modelo internacional, está embasada em vários fatores: extensa malha de atendimento à população, veículos com cores diferentes para identificar o percurso, eixos viários com canaletas exclusivas, funcionais estações-tubo, entre outros. Em Curitiba, a preocupação com locomoção de massa também alcançou os visitantes, com a implantação da Linha Turismo.
Os modernos ônibus desse serviço, modelo double-decker, levam o turista a 25 dos principais pontos de interesse da cidade, desde a área central até bairros mais distantes. O trajeto totaliza aproximadamente 44 quilômetros e é feito em cerca de duas horas e meia. Uma cartela com cinco tíquetes assegura ao passageiro um embarque e quatro reembarques – ou seja, dá para descer em locais preferidos e, depois, retomar o passeio. O sistema interno de comunicação é em português, inglês e espanhol.
A partir das nove da manhã, em intervalos de trinta minutos, os ônibus da Linha Turismo cumprem o seu roteiro. O passeio pode começar em qualquer um dos 25 pontos de parada, mas tradicionalmente a saída é da Praça Tiradentes, marco zero da cidade e onde está localizada a Catedral Basílica de Nossa Senhora da Luz, padroeira local. Nesse logradouro, a propósito, também é possível conferir vestígios de antigos calçamentos, descobertos em recentes obras de revitalização e devidamente catalogados por arqueólogos.
O itinerário, após a Praça Tiradentes, aponta para a Rua das Flores (primeiro calçadão para pedestres do Brasil), Rua Visconde de Nácar (onde está a Rua 24 Horas), Museu Ferroviário, Teatro Paiol, Jardim Botânico, Estação Rodoferroviária e o Mercado Municipal, Teatro Guaíra e a Universidade Federal do Paraná, Paço da Liberdade, Passeio Público e o Memorial Árabe, Centro Cívico e Museu Oscar Niemeyer.
Na sequência, os ônibus têm paradas no Bosque do Papa | Memorial Polonês, Bosque Alemão, Universidade Livre do Meio Ambiente, Parque São Lourenço, Ópera de Arame | Pedreira Paulo Leminski, Parque Tanguá, Parque Tingüi, Memorial Ucraniano, Portal Italiano, Santa Felicidade, Parque Barigüi, Torre Panorâmica e Setor Histórico, antes de voltar à Praça Tiradentes. Vale atentar: o último horário para embarcar nesse descontraído passeio da Linha Turismo, a partir da Tiradentes, é 17h30.
Curitiba é uma cidade que preserva o meio ambiente e valoriza o legado das diversas etnias que ajudaram a construí-la. Portanto, um programa obrigatório é conhecer suas áreas verdes – circunscritas em parques urbanos, bosques e praças – e visitar os memoriais em homenagem a imigrantes das mais diversas nacionalidades – entre italianos, portugueses, alemães, espanhóis, poloneses, japoneses e outros. Os ônibus da Linha Turismo param em alguns desses pontos de interesse dos visitantes.
O Bosque alemão, por exemplo, possui vários equipamentos em torno de tradições alemãs. Em seus 38.000 m² de mata nativa se destaca a réplica de uma antiga igreja de madeira, onde está a sala de concertos Oratório de Bach. Localizado no Largo da Ordem, por outro lado, o Memorial de Curitiba é um espaço de arte e folclore, informação e memória, passado e futuro. Falando em memória, o prédio do Paço da Liberdade, inaugurado em 24 de fevereiro de 1916, também vale a visita, com seu agradável café.
Ainda em se tratando da memória curitibana, indispensável percorrer o setor histórico, com calçamento de pedra e antigas edificações. A área foi delimitada por decreto municipal no ano de 1971. Entre suas construções estão a Casa Romário Martins (do século XVIII) e a Igreja da Ordem Terceira de São Francisco (de 1737), além dos exemplares arquitetônicos de inspiração alemã, datados da segunda metade do século XIX. Nas manhãs de domingo, acontece no local uma movimentada feira de arte e artesanato.
A preocupação da cidade com o meio ambiente teve início no longínquo ano de 1886, quando presidente da Província do Paraná inaugurou o Passeio Público. Foi a primeira grande obra de saneamento local, que transformou um charco num espaço de lazer, com lagos, pontes e ilhas em meio ao verde. Essa privilegiada e histórica área, hoje, tem a companhia de outros parques, como o Barigüi, Tanguá, Tíngüi, da Barreirinha, locais de encontro dos curitibanos nos finais de semana e ponto de visita de turistas. Inaugurado em 1991, o Jardim Botânico é, atualmente, o principal emblema curitibano de culto à natureza e o cenário mais requisitado para fotografias. À semelhança dos jardins franceses, recebe os visitantes com seus gramados bem cuidados e canteiros com flores da estação, sua estufa em estrutura metálica, com diversas espécies botânicas nacionais, e uma fonte d’água. Preserva mata nativa cortada por trilhas para percursos a pé e possui o Museu Botânico, que atrai pesquisadores de todo o mundo.
Nesse contexto, da mesma forma se sobressaem o Parque Tanguá e a Universidade Livre do Meio Ambiente. O primeiro, inaugurado em 1996, possui duas pedreiras, unidas por um túnel de 45 metros de extensão com uma passarela sobre a água, e estrutura turística. A Unilivre, por sua vez, transformou Curitiba na primeira cidade do mundo a manter um espaço de estudos e repasse de conhecimentos sobre o meio ambiente e a ecologia à população. O seu atual endereço foi inaugurado pelo oceanógrafo Jacques Cousteau, em 1992.
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