Brasil participará do ReformBnb 2019

jan 14, 2019 editorial Destaques, Hotelaria 0

Manoel Linhares destaca a importância do evento (Foto Panorama do Turismo)

Ao redor do planeta inteiro, o setor hoteleiro vem se mobilizando para aprofundar discussões e encontrar as melhores formas de regulamentar a questão dos aluguéis de imóveis particulares de curto prazo. É consenso, em diversos países, a necessidade de se estabelecer regras comuns para quem atua no mercado de hospedagem e para novas formas de comercialização trazidas pelas plataformas de reserva online, a exemplo do AirBnb.

Com esse objetivo, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis-ABIH participará da próxima edição do ReformBnb, marcado para Barcelona, Espanha, no dia 28 de abril próximo. A primeira edição, ocorrida em novembro passado em Nova York, reuniu presidentes e diretores de diversas associações de hoteleiros de 31 cidades, de 22 países, entre eles, Estados Unidos, Austrália, Japão, Israel, Argentina, Canadá, Itália, Espanha, Portugal e França. O encontro é organizado por Philippe Villin, hoteleiro e membro fundador do Ahtop (Associação da Hotelaria Francesa), e Vijay Dandapani, presidente e CEO da Associação de Hotéis de Nova York.

No evento nos EUA, o representante do setor hoteleiro francês apresentou os detalhes da regulamentação da atividade no seu país, já está em vigor desde o ano passado. “A lei francesa limita o número de noites no Airbnb em 120 por ano. O locatário também é obrigado a declarar quantas noites foram alugadas durante o ano à prefeitura. Se ele exceder esse número, se exporá a pesadas multas. Em outras capitais, como Londres ou Amsterdã, a limitação é de 60 dias e há uma exigência para os locatários obterem uma licença específica”, afirma Philippe Villin.

Para Manoel Linhares, presidente da ABIH, as experiências desses países podem ser uma referência para o mercado brasileiro. “Já confirmamos a participação da hotelaria brasileira nessa edição de 2019. Poderemos conhecer medidas adotadas em outros países para regulamentar o setor em busca de melhores práticas, construindo um consenso global para coordenar ações mais efetivas e conjuntas em torno dessa questão”, explica Linhares.