ABIH quer rigor na fiscalização de barragens

fev 05, 2019 editorial Destaques, Notícias 0

Manoel Linhares, “maior rigor na fiscalização” (Foto Panorama do Turismo)

Diante do rompimento das barragens da Samarco e da Vale, ambas em Minas Gerais, e preocupada com a situação de outras semelhantes existentes no país, a Associação Brasileira da Indústria de Hotéis-ABIH posicionou-se, nessa segunda-feira 4, sobre o assunto. “É preciso a organização de todos os setores da sociedade para pressionar por maior rigor na fiscalização dessas construções. Acidentes assim não podem se repetir. Precisamos fazer as autoridades entenderem a necessidade de criação de mecanismos de gestão, acompanhamento e controle preventivo, de forma a evitar desastres, tragédias humanas e ambientais”, afirma Manoel Linhares, presidente da entidade.

“No recente rompimento da barragem Córrego do Feijão, da Vale, além do desastre ambiental, inviabilizando qualquer atividade econômica relacionada ao turismo na região, a pousada Nova Estância, nossa associada, foi soterrada pela lama e pelos rejeitos, provocando a morte dos proprietários, o casal Márcio Mascarenhas e Cleosane Coelho Mascarenhas e seu filho Márcio Coelho Barbosa Mascarenhas”, lembra ele.

O dirigente hoteleiro também ressalta, além do lado trágico com a perda de vidas, o fato de algumas barragens estarem próximas de polos turísticos importantes. E exemplifica com a barragem da Mirabela Mineradora, entre os municípios de Ipiaú e Itagibá, a cerca de um quilômetro do Rio das Contas, o qual abastece toda região e deságua no litoral de Itacaré, no sul da Bahia.

Segundo classificação do Departamento Nacional de Produção Mineral, essa barragem apresenta o mesmo índice da obra da Samarco. “Em primeiro lugar, temos a questão da perda de vidas. Precisamos evitar mais tragédias. Mas é nosso papel, como representante da hotelaria nacional, exigir das autoridades atenção especial sobre outras obras desse tipo, pois afetam destinos com economia baseada no turismo”, resume Manoel Linhares.